quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

UM POUCO DA HISTÓRIA DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS

 

A Brigada Real da Marinha foi a origem do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil. Criada em Portugal em 28 de agosto de 1797, por Alvará da rainha D. Maria I, chegou ao Rio de Janeiro, em 7 de março de 1808, acompanhando a família real portuguesa que transmigrava para o Brasil, resguardando-se das ameaças dos exércitos invasores de Napoleão. Dizia o Alvará: “Eu, a Rainha, faço saber aos que este Alvará com força de lei virem, que tendo-me sido presentes os graves inconvenientes, que se seguem, ao meu Real Serviço, e à disciplina da Minha Armada Real, e o aumento de despesa que se experimenta por haver três corpos distintos a bordo das naus e outras embarcações de guerra da Minha Marinha Real, quais são os Soldados Marinheiros: sendo conseqüências necessárias desta organização, em primeiro lugar, a falta da disciplina que dificilmente se pode estabelecer entre os Corpos pertencentes a diversas repartições: em segundo, a falta de ordem, que nascem de serem os Serviços de Infantaria e de Artilharia, muito diferentes no mar do que são em terra: e ser necessário que os Corpos novamente embarcados aprendam novos exercícios a que não estão acostumados. Sou servida mandar criar um Corpo de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores debaixo da Denominação de Brigada Real da Marinha...”O batismo de fogo dos Fuzileiros Navais ocorreu na expedição à Guiana Francesa (1808/1809), com a tomada de Caiena, cooperando ativamente nos combates travados até a vitória, garantindo para o Brasil o atual estado do Amapá. Nesse mesmo ano, 1809, D. João Rodrigues Sá e Menezes, Conde de Anadia, então Ministro da Marinha, determinou que a Brigada Real da Marinha ocupasse a Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, onde até hoje os Fuzileiros Navais têm seu “Quartel-General”.

Após o retorno do Rei D. João VI para Portugal, um Batalhão da Brigada Real da Marinha permaneceu no Rio de Janeiro. Desde então, os soldados-marinheiros estiveram presentes em todos os episódios importantes da História do Brasil, como nas lutas pela consolidação da Independência, nas campanhas do Prata e em outros conflitos armados em que se empenhou o País.




Ao longo dos anos, o Corpo de Fuzileiros Navais recebeu diversas denominações: Batalhão de Artilharia da Marinha do Rio de Janeiro, Corpo de Artilharia da Marinha, Batalhão Naval, Corpo de Infantaria de Marinha, Regimento Naval e finalmente, desde 1932, Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi instalado um destacamento de Fuzileiros Navais na Ilha da Trindade, para a defesa contra um possível estabelecimento de base de submarinos inimigos e, ainda, foram criadas Companhias Regionais ao longo da costa, que mais tarde se transformaram em Grupamentos de Fuzileiros Navais. Os combatentes anfíbios embarcaram, também, nos principais navios de guerra da Marinha do Brasil.
O Brasil, apesar de conviver pacificamente na comunidade internacional, pode vir a ser compelido a envolver-se em conflitos gerados externamente, devido a ameaças ao seu patrimônio e a interesses vitais, bem como em atendimento a compromissos assumidos junto a organismos internacionais, fruto do desejo brasileiro em assumir uma participação ativa no concerto das nações no século XXI.
A Marinha do Brasil, parcela das Forças Armadas com a responsabilidade de garantir os interesses brasileiros no mar e em áreas terrestres importantes para o desenvolvimento das campanhas navais, encontra-se estruturada como uma força moderna, de porte compatível com as atuais possibilidades do País, capaz de dissuadir possíveis agressores, favorecendo, assim, a busca de soluções pacíficas das controvérsias.
Uma das suas tarefas é a projeção de poder sobre terra. Para tanto, além do bombardeio naval e aeronaval da costa, poderá a Marinha valer-se dos fuzileiros navais para, a partir de operações de desembarque, controlar parcela do litoral que seja de interesse naval. Essas operações, comumente conhecidas como Operações Anfíbias, são consideradas por muitos como sendo as de execução mais complexa dentre todas as operações militares. Atualmente a MB dispõe de tropa profissional apta a executar, com rapidez e eficiência, ações terrestres de caráter naval, as quais lhe confere credibilidade quanto à sua capacidade projeção sobre terra.
Na década de 50, o CFN estruturou-se para emprego operativo como Força de Desembarque, passando a constituir parcela da Marinha destinada às ações e operações terrestres necessárias a uma campanha naval.








Mais recentemente, os Fuzileiros Navais, como Observadores Militares da Organização das Nações Unidas (ONU), atuaram em áreas de conflito, como El Salvador, Bósnia, Honduras, Moçambique, Ruanda, Peru e Equador.













Em Angola, como Força de Paz, participaram da Missão de Verificação das Nações Unidas (UNAVEM-III) com uma Companhia de Fuzileiros Navais e um Pelotão de Engenharia.


No primeiro dia da Operação Guanabara, fuzileiros navais não comparecem a duas favelas e, em outras duas, saem mais cedo.



RIO - Não durou nem um dia a participação dos fuzileiros navais na ocupação de regiões dominadas por milícias ou traficantes. A Marinha quebrou o acordo firmado e resolveu bater em retirada. Os fuzileiros estiveram em apenas duas das quatro favelas em que deveriam agir, no Complexo da Maré, e saíram no fim da tarde.
- Já tínhamos uma operação agendada há mais tempo. Mas vamos retornar no fim do mês - disse o chefe da comunicação social do 1º Distrito Naval, capitão de fragata Paulo Fernando Amorim, acrescentando que a Operação Atlântico, que começa hoje, será realizada nas plataformas de petróleo.
Fuzileiros navais chegaram às 10h15m no Complexo da Maré, ocuparam apenas duas comunidades e foram embora às 18h. Segundo Paulo Fernando Amorim, o que houve foi ajuste de planejamento.
Sem incidentes
Para resolver a situação, o Exército decidiu assumir as ocupações da Nova Holanda e Vila dos Pinheiros, com apoio dos militares da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, de Juiz de Fora.
Nas cinco comunidades ocupadas ontem, incluindo Rio das Pedras, Gardênia Azul e Cidade de Deus, os militares foram bem recebidos pela comunidade. Segundo o porta-voz da operação, coronel André Luis Novaes, não foi registrado nenhum incidente.
- Coitados destes meninos, deve estar um calor ali dentro - disse uma moradora da Cidade de Deus, ao ver os militares dentro de Urutus, os carros blindados do Exército.
Outra moradora pedia a presença dos militares por tempo indeterminado.
- É uma pena ser apenas nas eleições. Queria eles aqui para sempre, fica bem mais seguro - disse ela.
Na Vila do João, a presença dos militares foi motivo de alegria para uma senhora. Ao lado do neto, no portão de casa, ela agradecia a operação dos soldados. A moradora contou que na esquina da sua rua funciona uma boca-de-fumo. Ontem, os traficantes não deram o ar de sua graça. Ela disse que, provavelmente, ele estariam debaixo da cama. Na chegada das tropas na Maré e, em três ocasiões na Cidade de Deus, os traficantes soltaram fogos.
TRE faz a limpa
Equipes de fiscalização do TRE, com apoio de funcionários da Comlurb e protegidos pelos militares, aproveitaram para retirar faixas e galhardetes irregulares de candidatos.
- Candidatos podem até ser punidos - disse Luiz Fernando Santa Brígida, chefe de fiscalização do TRE.


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